A Índia enfrenta desafios globais impostos pelas superpotências, que competem entre si desde que se juntou com a Rússia em temas espaciais e com o Japão na defesa contra o desenvolvimento das armas orbitais da China, declarou à RT o Doutor Rajeswari Pillai Rajagopalan, especialista em política espacial.
A agência espacial da Índia firmou um acordo com a Corporação Estatal de Atividades Espaciais da Rússia (Roscosmos) para cooperar na criação de um sistema de navegação global e no envio de um astronauta indiano à orbita em 2022, ano em que serão celebrados os 75 anos da independência da Índia.
"Desde o anúncio em agosto do ano passado [da missão espacial tripulada], houve uma quantidade de agências espaciais internacionais batendo na porta da Índia", explicou o especialista, enfatizando acreditar que a Índia acertou na decisão de formar uma parceria com a agência espacial russa e outros centros científicos da Rússia.
O especialista também afirmou que o desejo da Índia em alcançar o estatuto de potência espacial foi impulsionado pelas ambições espaciais da China.
Em 2007, quando o Exército chinês realizou seu primeiro teste com êxito de mísseis antissatélite, destruindo um satélite meteorológico com um míssil de vários estágios, isso serviu como um "alerta" para a Índia "sobre o tipo de ameaças e desafios que existem no espaço".
Em resposta, o teste de um míssil assassino de satélites, lançado por Nova Deli na semana passada, foi uma "demonstração do fato de que a Índia também deve ter sua própria capacidade dissuasora", disse Rajagopalan, concluindo que "a China expressou que tem um programa espacial pacífico.
Porém, a realidade tem sido que existe um próspero programa espacial militar [chinês]" e, por isso, a Índia continuará preocupada e continuará monitorando os desenvolvimentos chineses, formando parcerias com outros países para fortalecer sua capacidade de dissuasão no espaço.