Até agora, May falhou em garantir seu apoio a um acordo negociado com Bruxelas, uma vez que alguns legisladores conservadores e o Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte, que apoiam seu governo minoritário, votaram contra.
Desde então, ela se voltou para o Partido Trabalhista da oposição em uma tentativa de garantir a maioria para um Brexit ordenado, apesar de seu líder Jeremy Corbyn ter dito neste sábado que ele estava esperando por May para mover suas linhas vermelhas do Brexit.
"O fato é que no Brexit existem áreas onde os dois principais partidos concordam: nós queremos acabar com a livre circulação, nós dois queremos sair com um bom negócio, e nós dois queremos proteger os empregos", afirmou May em comentários divulgados pelo escritório de Downing Street.
"Essa é a base para um compromisso que pode ganhar uma maioria no Parlamento e ganhar a maioria é a única maneira de entregar o Brexit. Quanto mais tempo isso levar, maior o risco do Reino Unido nunca mais sair", acrescentou ela.
Maio pediu aos líderes da UE para adiar a saída da Grã-Bretanha do bloco até 30 de junho. A UE, que lhe deu uma prorrogação de duas semanas na última vez que pediu, insiste que ela deve mostrar um plano viável para garantir um acordo sobre a saída que já foi três vezes rejeitado no Parlamento britânico.
É a última reviravolta de uma saga que deixa a Grã-Bretanha, a quinta maior economia do mundo, lutando para encontrar uma forma de homenagear um referendo em 2016 para tirar o país do maior bloco comercial do mundo.
May reiterou neste sábado a esperança de que os legisladores aprovassem um acordo para permitir que a Grã-Bretanha deixasse o bloco o mais rápido possível.
"Minha intenção é chegar a um acordo com meus colegas líderes da UE que significará que, se pudermos chegar a um acordo aqui em casa, podemos deixar a UE em apenas seis semanas", ponderou a premiê.