"A abordagem será muito diferente […] os soldados americanos podem vir a ser tratados como terroristas e não como soldados de um exército [estatal]", afirma o jornalista e escritor do Oriente Médio Ali Rizk.
Para Vladimir Sazhin, pesquisador do Instituto de Estudos Orientais da Rússia, o terrorismo é considerado crime na lei iraniana e, como tal, "o Irã poderia tomar medidas mais duras, incluindo prisão e subsequente julgamento".
Como resposta, Teerã decidiu adotar uma ação similar contra Washington e incluiu o país na lista de Estados patrocinadores do terrorismo, tendo classificado o Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos, conhecido como CENTCOM, como terrorista.
O especialista Vladimir Sazhin acredita que estas ações são um pretexto para impulsionar campanhas de propaganda contra o outro, considerando as medidas como continuação da "Guerra Fria de 40 anos entre o Irã e os EUA".
Para Rizk, o presidente norte-americano Donald Trump não está disposto a se envolver em ações militares contra Teerã, mas seus assessores, o secretário de Estado Mike Pompeo e o conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, "têm uma obsessão com o Irã".
Na opinião do jornalista, se Trump permitir que Pompeu e Bolton "o arrastem nessa direção", isso poderia levar a um "erro de cálculo" e a um "cenário potencialmente catastrófico".