Após decisão do Conselho Permanente, Venezuela diz que abandonará OEA

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O governo da Venezuela vai abandonar a Organização dos Estados Americanos (OEA) após a decisão do conselho permanente da organização quanto à nomeação do representante venezuelano pelo líder da oposição Juan Guaidó, afirmou a chancelaria do país.

Anteriormente, o Conselho Permanente da OEA aprovou uma resolução que reconhece Gustavo Tarre Briceño, nomeado pelo líder da oposição venezuelana Juan Guaidó como representante da Venezuela.

"Trata-se de uma das mais infelizes decisões tomadas […] por esta organização e uma vulgar instrumentalização de chantagem e pressão contra Estados membros para satisfazer os desejos da política neomonroísta de Washington", lê-se no comunicado.

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Em meados de março, o chanceler russo, Sergei Lavrov, comentou a nomeação por Juan Guaidó de um embaixador nos EUA, afirmando que cabe aos representantes oficiais do país na ONU nomear os embaixadores, e que na Venezuela é o governo do atual presidente Nicolás Maduro que o deve fazer.

No final de janeiro, os EUA aceitaram a designação de Carlos Alfredo Vecchio como encarregado de negócios da Venezuela indicado por Juan Guaidó. Na sequência, o governo de Nicolás Maduro rompeu as relações diplomáticas com os EUA. 

A grave crise econômica e política na Venezuela se gravou desde 23 de fevereiro deste ano, quando o líder da oposição do país, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino da Venezuela. Vários países, inclusive o Brasil, os EUA e a União Europeia, reconheceram Guaidó. Por sua vez, a Rússia, China, Turquia e vários outros apoiaram Maduro como o presidente legítimo. 

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