"Considero Assange o melhor e principal jornalista contemporâneo da nossa época. Estremeço ao pensar no futuro dele. Da última vez que falamos, ele estava pronto para tudo […] Ele foi e vai até ao fim. Eu perguntei-lhe: 'Para que você precisa disso?' Ele disse: 'Porque odeio a mentira'", escreveu Simonyan no seu canal no Telegram.
"Hoje, a hipocrisia mundial venceu", comentou a editora-chefe sobre a prisão do jornalista.
Nesta quinta-feira (11), a polícia de Londres disse que Assange foi preso com base em uma ordem emitida pelo Tribunal de Magistrados de Westminster em 29 de junho de 2012, por não comparecer ao tribunal.
Na quarta (10), o WikiLeaks denunciou que Assange estava sendo espionado pelo governo do presidente equatoriano Lenín Moreno, dentro da embaixada, a fim de extraditá-lo.
O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, ganhou fama especialmente por causa das publicações sobre as operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, bem como sobre as condições na prisão de Guantánamo.
Desde 2012, Assange estava vivendo na embaixada do Equador em Londres. Ele é autor de um programa transmitido na televisão RT, que ganhou um prêmio nos Festivais de Nova York em 2013.