Na terça-feira (9), o Conselho Permanente da OEA aprovou por 18 votos a favor, 9 contra, 6 abstenções e uma ausência, uma resolução que reconhece Gustavo Tarre como "representante permanente, designado pela Assembleia Nacional [parlamento de maioria oposicionista dissolvido pelo governo oficial], até à realização de novas eleições e à nomeação de um governo democraticamente eleito".
"A OEA é uma organização tutelada pelos Estados Unidos […] Isso faz parte dos mecanismos de agressão, como as sanções; eles tentam legitimar sua agressão através de uma organização que está desacreditada", disse o deputado.
Os países que se opuseram à resolução, incluindo o México, Uruguai, Bolívia, Nicarágua, Guiana, Antígua e Barbuda e El Salvador, argumentaram que a Carta da OEA não autoriza o Conselho Permanente a tomar decisões como a acreditação de representantes permanentes dos países membros.
As autoridades venezuelanas afirmam que essas decisões só podem ser tomadas pela Assembleia Geral da OEA, que reúne os ministros das Relações Exteriores dos 34 países membros, e com maioria qualificada.
Em 21 de janeiro começaram na Venezuela protestos massivos a favor e contra o atual presidente Nicolás Maduro. Após o início dos tumultos, Juan Guaidó se declarou presidente interino. Vários países anunciaram reconhecer Guaidó como líder interino do país caribenho, entre os quais os EUA e o Brasil. A Rússia, China e outras nações apoiam a presidência de Maduro.