Correa afirmou à Sputnik que há evidências do acordo e que Moreno prometeu "entregar" Assange em uma reunião de 2017 com Paul Manafort, ex-chefe de campanha do presidente dos EUA, Donald Trump.
O ex-presidente Correa, que rompeu com Moreno, também comentou sobre as visitas feitas ao Equador pelo vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence.
Nessas ocasiões, Moreno teria prometido "ajudar a isolar a Venezuela, deixar a corporação petroleira Chevron, uma empresa que destruiu metade da floresta amazônica, impune e entregar Assange".
No mês passado, o FMI anunciou a aprovação de um empréstimo para o Equador de US$ 4,2 bilhões. A primeira parcela, de US$ 652 milhões, já foi paga.
O ex-presidente apontou que a empresa INA Papers foi registrada em 2012, quando Moreno ainda era seu vice-presidente, e quando no governo "nós lutamos a nível mundial contra os paraísos fiscais".
Assange continuará por videoconferência os procedimentos para a próxima audiência de extradição, marcada para 2 de maio.
Será uma sessão preliminar de um processo judicial que pode durar meses ou até anos.