Através de uma rede de rádio e televisão, o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou que um banco português congelou uma conta bancária com US$ 1,72 bi que o governo usaria para comprar medicamentos e alimentos. "Estou pedindo ao governo de Portugal para liberar os recursos. Por que eles estão tirando esse dinheiro de nós?" questionou Maduro.
Como exemplo, Gelfenstein apontou a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de revogar o visto da procuradora do Tribunal Penal Internacional (TPI) Fatou Bensouda, a multa de US$1,3 bi imposta ao banco italiano Unicredit por realizar operações com Cuba e a detenção "ilegal" em Londres do fundador do Wikileaks, Julian Assange.
"Todo o direito internacional está desmoronando e as Nações Unidas estão perdendo força", disse ele. "É o desaparecimento do direito internacional, retornaremos a um sistema em que prevalece a lei do mais forte, sem qualquer contrapeso a qualquer contratempo que os EUA possam fazer em qualquer parte do mundo".
O analista destacou que o governo da Venezuela mostra que "os Estados Unidos ameaçaram metade do mundo", construindo "um estado de terror". Além disso, ele ressaltou que a retenção de dinheiro é um "ato artístico", porque "de um momento para outro [a Venezuela] descobriu que não podia usá-lo".