Previamente, o CSIS organizou uma reunião privada denominada "Avaliação do uso da força militar na Venezuela", que alegadamente será submetida às autoridades políticas e judiciais internacionais por Caracas.
De acordo com o próprio site do centro, o CSIS é definido como uma organização de pesquisa "sem fins lucrativos" que se dedica a fornecer "ideias estratégicas e soluções políticas".
Já para o embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, o instituto é um promotor das guerras americanas, que são financiadas por "corporações petrolíferas" e "produtores de armas" dos EUA.
Na página da web do CSIS há uma seção separada nomeada de "Iniciativa Venezuela", na qual propõe como os Estados Unidos, juntamente com a comunidade internacional, devem promover "ações mais eficazes e coordenadas" para o que chamam de "dia seguinte" no país caribenho.
Segundo o site, o centro estratégico disponibiliza essas "análises e recomendações" para a Venezuela, pois crê que uma vez que o país caribenho conta com "um governo legítimo e democraticamente eleito", a nação bolivariana enfrentará "uma variedade de desafios sociais, econômicos, de segurança, legais, institucionais e humanitários",
Sobre isso comentou o diplomata Moncada, que classifica o centro como um dos principais "órgãos de propaganda que promovem a guerra contra Caracas em Washington". Para o embaixador venezuelano, o CSIS é tão influente em setores opostos à revolução bolivariana que conseguiu que Gustavo Tarre fosse nomeado como representante permanente "designado" pelo parlamento venezuelano, liderado pelo oposicionista Juan Guaidó.
A polêmica notícia sobre o encontro foi publicada pelo jornalista investigativo norte-americano Max Blumenthal no site Grayzone, que confirmou que a reunião prova que "as opções militares estão sendo seriamente consideradas neste momento", depois que "todos os outros mecanismos que Trump colocou em jogo parecem ter falhado".
A crise política venezuelana se agravou depois da autoproclamação de Guaidó, em 23 de janeiro. O presidente Maduro classificou a ação como um "golpe de Estado" liderado pelos EUA.