De acordo com o relatório redigido por Mueller, investigadores "identificaram numerosos contatos entre conselheiros de campanha e nacionais russos afiliados ao governo durante a campanha e após a eleição", conforme citou o The New York Times.
Mueller detalha no documento alguns destes encontros. O texto detalha que o contato de Trump com a Rússia começou antes do início oficial da campanha, quando Trump assinou uma carta de intenções que previa a construção de uma Trump Tower em Moscou. O então advogado pessoal do bilionário, Michael Cohen, teria enviado um e-mail para tratar do assunto com o hoje secretário de imprensa do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov.
Um advogado russo também teria se encontrado com membros da equipe de campanha do republicano — incluindo o genro de Trump, Jared Kushner, o filho Trump Jr. e o coordenador de campanha, Paul Manafort, e ofereceu "documentos e informações oficiais que incriminariam Hillary". O caso já havia sido noticiado pela imprensa americana e Mueller não encontrou evidências de que o suposto advogado agia em nome do governo russo.
Autoridades russas contestam as alegações desde 2016, acusando a classe política e a imprensa norte-americana de justificar a derrota de Hillary Clinton com uma mentira, além de usar o caso para desviar a atenção do público de casos reais de fraude eleitoral e corrupção.