O jornalista científico Peter Dockrill observa em artigo, publicado na revista Science Alert, que a febre do feno afeta 60 milhões de pessoas somente nos Estados Unidos.
"Embora seja raramente perigoso, às vezes pode ser, e para aqueles que sofrem com espirro, congestão nasal, tosse e coceira, também é muito difícil evitar alérgenos que causam a febre do feno, especialmente quando grãos de pólen se infiltram no ar nos meses mais quentes", explica o especialista.
De fato, a fonte original da sensacional "notícia" é um artigo publicado em 2008 na Medical Hypotheses, uma revista verdadeiramente científica, mas que apresenta hipóteses sem comprovação para promover ideias revolucionárias e inovadoras na medicina, observa o especialista.
Em conformidade com o artigo de 2018, relacionamentos íntimos têm um efeito similar nos vasos sanguíneos aos medicamentos antialérgicos.
"Esta especulação hipotética não comprovada, mais tarde rejeitada por uma resposta oposta no mesmo jornal, apenas alguns meses depois, levou a mais de uma década de matérias sobre 'tratamentos sexuais da febre do feno' e, aparentemente, nunca morre", resume.
O jornalista conclui que "o sexo faz muitas coisas incríveis no corpo, mas, pelo que sabemos até agora, a 'cura' da febre do feno não é uma delas".
E para aqueles que sofrem de alergias, Dockrill recomenda que eles reduzam sua exposição a alérgenos de pólen e tomem medicamentos prescritos por médicos.