Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Eduardo apoiou as críticas recentes que o seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), fez a Mourão em uma série de postagens em suas redes sociais, dando a entender que Mourão deveria falar menos.
"O que tem causado bastante ruído são as sucessivas declarações do vice-presidente de maneira contrária ao presidente da República. O que parece é que, se o general conseguir cumprir a missão dele, que é substituir o presidente no caso da ausência, tudo bem. Ou as missões que o presidente der a ele. Se ele for um soldado do presidente, tudo se encaixa", afirmou.
O deputado também mencionou que o autodeclarado filósofo Olavo de Carvalho, tido como "guru" do governo Bolsonaro, é "uma grande referência" e que a postura dele – outro a criticar abertamente Mourão e os militares presentes no Planalto – é apenas uma reação.
"Acho que tanto Olavo quanto Carlos estão apenas reagindo a isso tudo que salta aos olhos de quem acompanha a política. Poxa, o general Mourão chegou a curtir um post da [jornalista Rachel] Sheherazade em que ela mete o pau no Jair Bolsonaro. Isso daí não é conduta de vice. Bolsonaro fala que é contra o aborto, ele fala que é a favor. Olha, tudo bem, é uma opinião dele. Mas, vice-presidente, a função dele não é dar opinião, ele já deu", explicou.
Eduardo Bolsonaro destacou ainda que a prioridade no momento é a aprovação da Reforma da Previdência, afirmando que "já está bem maduro na população" a necessidade de aprovação da proposta apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.