"O que eu pessoalmente encontrei no local do acidente me deixou chocado. Entre muitas coisas, colecionei cartões de visita legíveis, um livreto de vacinas e uma agenda. Cada um deles tinha nomes e sobrenomes nitidamente legíveis, e foram deixados lá", reclamou um membro da família de uma das vítimas, que falou sob condição de anonimato, disse ao Times de Israel. A pessoa decidiu visitar o local do acidente depois de ficar frustrada com as respostas das autoridades etíopes quanto às investigações sobre o acidente e a recuperação.
"Para meu espanto, também descobrimos o que pareciam restos de ossos humanos, que foram então entregues aos guardiões da tenda militar, do lado de fora do local do acidente", disse a fonte ao jornal, acrescentando ainda que os restos mortais foram "envolvidos usando um mero plástico encontrado no chão".
O avião próximo da cidade etíope de Bishoftu, a sudeste de Addis Abeba, causando uma cratera de 80m² no momento do impacto. As fotografias do local do acidente, fornecidas ao Times of Israel, mostram os pertences e fragmentos de avião espalhados pelo local, quase dois meses após o acidente.
"No começo, [as autoridades etíopes] deveriam ter bloqueado aquele lugar e enviado uma equipe organizada para investigar, ao invés de apenas deixá-lo aberto. Estou insatisfeito com isso. Deveria ser mais fácil se estivesse nas mãos do governo", disse à Reuters Milka Yimam, uma cidadã etíope e israelense cujo filho de 26 anos morreu no acidente.
Zahav também disse ao Times of Israel que sua organização ainda está esperando que as autoridades etíopes concedam autorização para coletar os restos e pertences das vítimas.
Além disso, as vítimas cujos corpos não foram recuperados estão listadas nos arquivos do governo como "desaparecidos" em vez de "mortos", o que pode resultar em complicações quando se trata de administrar heranças ou se casar novamente. Dois israelenses morreram no acidente da Ethiopia Airlines.