O anúncio da parceria foi feito nesta quarta-feira (24) pelo embaixador chinês em Lima.
A China promete investir US$ 1 trilhão em projetos de infraestrutura ao redor no mundo como parte da Nova Rota da Seda. Recentemente a Itália se tornou o primeiro país do G7 a integrar oficialmente o projeto de Pequim.
O acordo fará do Peru um dos poucos países latino-americanos a integrar o projeto chinês. A adesão deve fortalecer o peso geopolítico de Pequim.
A vice-presidente do Peru, Mercedes Araoz, disse que o relacionamento do Peru com Washington continuará forte.
"A assinatura deste memorando de entendimento é o início de um modelo de cooperação que a China tem proposto ao mundo que... nos permitirá ampliar nossos laços", disse Araoz à Reuters. "Estabelecemos relações bilaterais muito fortes com a China, como fizemos com os Estados Unidos."
O Chile, que assim como o Peru é um aliado próximo dos Estados Unidos, anunciou em novembro sua adesão à Nova Rota da Seda.
Há cerca de duas semanas, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, visitou o Peru e criticou a presença chinesa na região por meio do que classificou como empréstimos predatórios.
A China ultrapassou os Estados Unidos como o maior parceiro comercial Peru há alguns anos. A maior parte das compras chinesas no país latino é de cobre e outros minerais. Mas há também uma recente expansão chinesa para abarcar investimentos em infraestrutura.