O grupo islamista Daesh (organização proibida na Rússia e em vários países) reivindicou a responsabilidade pelas explosões no Sri Lanka, e as agências de inteligência têm sugerido que os jihadistas podem, a partir dos atentados ocorridos, modelar seus futuros ataques contra turistas de todo o mundo, particularmente no Sul da Ásia e na África Oriental, informaram fontes ao jornal britânico Sunday Telegraph.
As autoridades estão alegadamente preocupadas com o fato de os combatentes jihadistas, que em março foram expulsos de seu último reduto no povoado de Baghouz, no leste da Síria, terem agora liberdade para orquestrar ataques em lugares turísticos e resorts de férias.
"É fantástico que o califado tenha sido destruído, mas a curto e médio prazo isso cria um problema com os combatentes do Daesh que se dispersam pelo mundo e procuram realizar ataques para promover a mensagem do Daesh", disse uma fonte.
Segundo a mídia, destinos populares como a Índia, Maldivas e os resorts no Quênia e na Tanzânia estão entre os alvos mais prováveis.
Também se pensa que os bombistas suicidas do Sri Lanka estavam em contato com líderes do Daesh no Iraque, e que dois deles tinham viajado para a Síria.
O Sri Lanka teria detido mais de 100 suspeitos relacionados com os bombardeamentos, enquanto o governo proibiu e confiscou os bens do grupo NTJ e do Jamathei Millathu Ibrahim (JMI) - outro grupo suspeito de orquestrar os ataques.
O governo recentemente revisou o número de mortos para 253, embora os relatos iniciais sugerissem que a série de explosões, iniciadas no dia 21 de abril, matou 359 pessoas.