"[A opção de sanções] não está esgotada, precisa de algum tempo, ainda há muito espaço para isso ter seus efeitos", afirmou o ministro de Relações Exteriores após uma reunião em Washington com seu colega americano, Mike Pompeo.
Quando perguntado pela mídia sobre o assunto, Araújo expressou seu acordo com a Secretaria de Estado dos EUA de que a posição do Brasil, dos demais países do Grupo de Lima e de Washington é "irreversível" e continuará com pressão diplomática em todas as frentes.
O ministro também pediu "prudência" e "não esperar demais" em relação às expectativas de que a liderança militar pare de apoiar Maduro e acabe abandonando o poder.
"O Brasil e o Grupo de Lima expressaram a expectativa de que os militares venezuelanos cumpram seu dever patriótico e se unam à transição democrática, o que seria fantástico", acrescentou Araújo, segundo uma transmissão de áudio do Ministério de Relações Exteriores do Brasil.
O chanceler brasileiro também disse que no momento em que a Venezuela "voltar à democracia", haverá boas perspectivas de crescimento econômico e integração na América Latina.
O encontro desta segunda-feira com Pompeo não constava da agenda oficial do ministro brasileiro e, como ele mesmo sugeriu, improvisou no último momento, aproveitando o fato de estar participando de um seminário de investimento na cidade norte-americana de Los Angeles, na costa oeste estadunidense.