A informação foi divulgada através de nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência nesta sexta-feira (3). No texto, a secretaria afirma que a decisão foi tomada devido à "ideologização" da atividade devido às críticas do prefeito de York, Bill de Blasio, e da pressão exercida sobre as empresas patrocinadoras. A nota divulgada é assinada pelo gabinete do porta-voz de Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros.
O prefeito Bill de Blasio criticou a presença do presidente brasileiro na cidade chamando-o de homofóbico, racista e dizendo que ele é um homem perigoso. Além disso, de Blasio parabenizou o Museu de História Natural, que se recusou sediar o evento que homenagearia Bolsonaro.
Jair Bolsonaro is a dangerous man. His overt racism, homophobia and destructive decisions will have a devastating impact on the future of our planet. On behalf of our city, thank you to @AMNH for canceling this event. https://t.co/06NAZovyoe
— Mayor Bill de Blasio (@NYCMayor) April 16, 2019
Já as empresas Delta Airlines, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times retiraram o patrocínio e o apoio ao evento devido às polêmicas em torno do presidente brasileiro.
O Presidente da República agradece a homenagem proposta pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, ao escolhê-lo "Personalidade do Ano de 2019".
Entretanto, em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade.
Em função disso, e consultados vários setores do governo, o Presidente Bolsonaro decidiu pelo cancelamento da ida a essa cerimônia e da agenda prevista para Miami.
Gabinete do Porta-Voz da Presidência da República