Segundo o artigo, o líder dos EUA e seu assessor de Segurança Nacional, John Bolton, desenvolveram uma relação tensa devido a divergências de opinião sobre uma possível intervenção militar na Venezuela.
Apesar das declarações do presidente americano de que Washington considera todas as opções para resolver a crise, Trump prefere evitar o agravamento dos conflitos militares existentes ou dar início a novos.
Para Paul Pozner, especialista em assuntos venezuelanos da Universidade Clark (EUA), Trump prefere aderir a uma posição que fortaleça sua posição nos EUA, e a interferência na Venezuela terá um impacto negativo sobre ela.
"A administração está muito dividida. Trump gosta da retórica de Bolton, mas acho que ele não está interessado em intervir na Venezuela", afirma Pozner.
Caso a posição do assessor não coincida com a decisão do presidente, ele [Bolton] não apoiará a inação dos Estados Unidos na crise venezuelana e encontrará razões para uma invasão militar. Nesse caso, de acordo com Pozner, Trump vai recuar e a intervenção terá lugar.
No dia 30 de abril, o líder da oposição Juan Guaidó, juntamente com seus apoiadores, tentou um golpe de Estado na Venezuela, mas falhou e deu-se início a um processo de investigação.
A crise no país caribenho vem piorando desde janeiro, quando o deputado da oposição se autodeclarou presidente interino da Venezuela, sendo apoiado pelos EUA e vários países, enquanto o atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é apoiado pela Rússia, China, Turquia, Cuba e outros Estados.