Neste domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse no Twitter que pretende elevar as taxas de 10% para 25% para cerca de US$ 200 bilhões em mercadorias chinesas. Trump reclamou da demora por parte da China para negociar um acordo comercial.
"Primeiro a gente precisa saber se foi só um recado duro ou se vai se efetivar. É claro que se os Estados Unidos e a China não entrarem em acordo e essas tarifas não voltarem ao que eram antes, realmente, é uma janela oportunidade a mais para o Brasil", afirmou a ministra da Agricultura durante uma reunião do Conselho Superior do Agronegócio na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Comentando as relações comerciais entre a China e o Brasil, a ministra mencionou a peste africana que atacou os rebanhos do país asiático. Segundo ela, vendas de soja do Brasil para os chineses podem ser afetadas, pois o alimento é usado como ração.
No entanto, há a possibilidade de aumentar as exportações de carne de porco.
"A carne os chineses vão ter que importar dos Estados Unidos, do Brasil e de outros países para suprir a sua demanda interna. O Brasil vai poder colaborar um pouco para que esses preços da carne na China possam ter patamares menores do que estão hoje", afirmou ela.
"Nós somos parceiros confiáveis. Nós temos qualidade e temos volume de soja, milho, que fazem parte da dieta dos animais. Nós temos outras proteínas que podem entrar nessa janela de oportunidades", concluiu, citada pela Agência Brasil.