"Não podemos ficar ociosos, devemos bater o alarme e tomar uma posição contra esse comportamento de Washington em todas as organizações internacionais, especialmente nos BRICS", disse Leonid Slutsky, depois que o destacamento da força naval foi anunciado pelo assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton.
Apesar de Bolton insistir que os EUA "não estão buscando uma guerra com o regime iraniano", ele advertiu que o grupo de transportadores que em breve chegará ao Golfo Pérsico está "totalmente preparado para responder a qualquer ataque" contra Teerã.
Slutsky, chefe do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma, declarou que Bolton não forneceu uma explicação clara para a medida, apesar de ter ameaçado Teerã.
"Esses sinais, juntamente com a retirada de Washington do acordo nuclear e sua declaração do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica como uma organização terrorista, levaram a uma escalada ainda maior", comentou.
O congressista também criticou os EUA por sua "demolição do direito internacional", alegando que os EUA estão "obviamente preparando a comunidade global para um cenário de projeção de poder na região".
A última ação de Washington contra Teerã ocorre apenas um dia após as autoridades iranianas terem anunciado que continuariam a exportar petróleo e a vender no mercado cinza em uma tentativa de conter as sanções dos EUA, que visam reduzir as exportações de petróleo do país a zero.
"Mobilizamos todos os recursos do país e estamos vendendo petróleo no mercado cinza", pontuou Amir Hossein Zamaninia, vice-ministro do petróleo do Irã, segundo a agência de notícias IRNA.
Recentemente, os EUA também impuseram sanções contra a usina nuclear iraniana em Bushehr, bem como introduziram a proibição das exportações de água pesada e qualquer enriquecimento de urânio a fim de maximizar a pressão sobre a República Islâmica.