Isso acontece um dia depois que o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmar estar pronto para se reunir com o líder norte-coreano Kim Jong-un, sem condições prévias, a fim de discutir os sequestros de cidadãos japoneses pela Coreia do Norte.
De acordo com a agência de notícias Kyodo, a intenção de Tóquio de convocar uma cúpula sem pré-condições seria entregue não apenas por canais oficiais, como a embaixada em Pequim, mas também por contatos não oficiais entre altos funcionários e assessores em conferências internacionais.
O Japão insiste que os serviços de segurança norte-coreanos sequestraram um total de 17 cidadãos japoneses. Pyongyang admitiu em 2002 ter sequestrado apenas 13 deles. Cinco dos cidadãos japoneses sequestrados foram repatriados, e a Coreia do Norte afirmou que outros oito morreram. Tóquio se recusa a acreditar nisso e solicita uma investigação.
A última vez que os líderes dos dois países se encontraram foi em 2004, quando o pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, conheceu o primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi. Eles foram incapazes de fazer qualquer progresso na questão dos sequestrados, resultando em um impasse diplomático que dura até hoje.
Além disso, Tóquio quer aproveitar o momento de maior disposição de Pyongyang para dialogar com outros países. Além das suas visitas à China, Kim também esteve recentemente em cúpulas com o presidente estadunidense Donald Trump, com o líder sul-coreano Moon Jae-in, e com o presidente russo Vladimir Putin.