O documento publicado pelos Escritório Governamental de Contabilidade (GAO, na sigla em inglês), relatou a um comitê do Congresso esta semana "que uma investigação determinou um defeito de fabricação causou a ruptura de um cabo de combustível durante o voo, resultando em perda de força no motor".
"O escritório do programa relatou que identificou 117 aeronaves com o mesmo tipo de cabos de combustível que precisam ser substituídos", afirma o relatório.
Os Estados Unidos suspenderam temporariamente as operações dos F-35 no mundo inteiro após o primeiro acidente com uma aeronave do programa, em 28 de setembro de 2018, no qual o piloto conseguiu ejetar antes da queda do avião. Nenhuma pessoa ficou ferida com o acidente.
Os jatos são fabricados pela empresa norte-americana Lockheed Martin, porém os motores são fabricados pela Pratt & Whitney, parte da United Technologies Corp.
O porta-voz da Pratt & Whitney declinou de comentar a questão, segundo publicou a agência Bloomberg.
Em agosto de 2018, a ONG Projeto de Vigilância sobre o Governo (POGO, na sigla em inglês) relatou que oficiais envolvidos no projeto do F-35 estariam escondendo falhas perigosas no programa ao invés de tentarem consertá-lo. Segundo a ONG, o objetivo dos oficiais era avançar sobre a fase de desenvolvimento do projeto.
O relatório da POGO ainda diz que algumas dessas falhas fariam com que o piloto da aeronave não tivesse como obter dados confiáveis antes de atirar. Além disso, problemas em peças da cauda do jato teriam sérias implicações na segurança e também no combate com a aeronave.
Segundo o próprio Pentágono, o programa tem diversas vulnerabilidades que não foram resolvidas, conforme reportou a Sputnik anteriormente.