"Eu, por exemplo, como homem, tenho que defender a minha mulher. Sei que se um homem entrar na minha casa, é para barbarizar, então é para meter chumbo mesmo", defendeu em participação no programa Domingo Esportivo, da Rádio Bandeirantes.
"Se alguém entrar na sua casa, tem que descarregar nele", aconselhou.
No decreto na última quinta-feira (7), o governo facilitou o porte de armas de fogo para caçadores, atiradores esportivos, colecionadores e praças das Forças Armadas, mas também para caminhoneiros, políticos, advogados, residentes de área rural, profissionais da imprensa que atuem na cobertura policial, conselheiro tutelar e profissionais do sistema socioeducativo.
A medida foi criticada por especialistas em segurança pública e entidade em defesa dos direitos humanos. Segundo o Atlas da Violência de 2018, o país registrou 62.517 homicídios em 2016, uma média de 30,3 mortes por 100 mil habitantes.
Em entrevista à Sputnik Brasil na semana passada, o advogado criminalista Breno Melaragno, professor de Direito Penal da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e presidente da Comissão de Segurança Pública da seção fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), a decisão de Bolsonaro atende a uma promessa de campanha, mas abre margem para problemas.
"A crítica da ampliação a gente vê em relação a um possível aumento de violência doméstica e de acidentes […]. Digo isso como uma opinião pessoal, muito própria minha, pelo que eu observo em relação à violência doméstica e em relação aos acidentes com arma de fogo", declarou Melaragno à Sputnik Brasil.