Pequim busca há anos a certificação de seus jatos civis, rivais da Boeing e da Airbus, para serem vendidos a empresas americanas. De acordo com a Bloomberg, as autoridades chinesas nunca fizeram "exigências explícitas" para que suas aeronaves fossem certificadas em troca da aprovação do principal jato da Boeing, mas "suas intenções eram claras".
Ambos os países assinaram um acordo em outubro de 2017 para melhorar o processo de concessão de certificação mútua para aviões civis. No entanto, as aeronaves chinesas ainda não receberam luz verde do regulador americano.
Ao mesmo tempo, enquanto o Boeing 737 MAX enfrentou problemas globais após dois acidentes em menos de meio ano — a quedas de aeronaves da Ethiopian Airlines e da Lion Air em março de 2019 e outubro de 2018, respectivamente —, a China foi um dos primeiros países a aterrar o avião em março de 2019. Eventualmente, todos os países que usam os jatos ordenaram que eles fossem aterrados até que a causa das colisões tenha sido determinada.
Desde então, a Boeing lançou uma atualização de software, alegando que tornou o sistema menos agressivo, mas até agora o aterramento global permanece em vigor até que os órgãos reguladores decidam se o jato está seguro para voar.