Mais cedo, o jornal The New York Times informou que o secretário interino de Defesa dos EUA, Patrick Shanahan, havia apresentado um plano militar atualizado que prevê o envio de até 120 mil soldados para o Oriente Médio no caso de o Irã decidir acelerar o desenvolvimento nuclear ou atacar as forças norte-americanas na região.
Nessa conexão, o especialista russo Konstantin Sivkov explicou que número de tropas e material militar os EUA precisam em caso de decidirem exercer uma pressão real sobre o Irã.
"É quase impossível que os Estados Unidos derrotem o Irã com um grupo de 120.000 soldados, considerando o potencial militar de Teerã", destacou.
Ao mesmo tempo, ele enfatizou que para os americanos é difícil destruir a infraestrutura nuclear do Irã com um ataque aéreo massivo, adicionando que para isso teriam que usar armas nucleares para alcançar as instalações escondidas em bunkers subterrâneos.
O especialista também apontou para os problemas logísticos que o Pentágono teria para uma operação massiva na região.
"Os americanos precisam de pelo menos 1.500 aviões para destruir completamente a capacidade industrial do Irã, mas eles não têm uma infraestrutura adequada na região."
Estima-se que Washington precisaria de seis a sete meses para preparar uma campanha aérea contra o Irã.
Ademais, o especialista duvida que a Turquia e o Paquistão permitam que os americanos usem suas bases aéreas a fim de realizar qualquer atividade contra o Irã.
Ele observou que a posição da Rússia neste conflito também pode ser um impedimento, visto que Moscou enviaria ao Irã sistemas e equipamentos antiaéreos de guerra eletrônica avançados, assim como conselheiros militares.
Os Estados Unidos aumentaram a tensão no golfo Pérsico depois de enviarem, na semana passada, um porta-aviões e bombardeiros estratégicos para a região.