"Os EUA apoiam Israel, pois querem se tornar donos do Oriente Médio, eles querem controlar tudo e querem Israel como sua mão na região [...] o Sr. Trump pensa que pode conseguir o que ele quer com a pressão sobre os palestinos e países árabes, não se importa em cometer crimes contra a humanidade", disse Rahim.
O último relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) afirmou em 27 de dezembro de 2018 que a agressão do Exército israelense deixou 29.718 palestinos feridos e 295 mortos.
Rahim comentou que a decisão dos EUA de transferir sua embaixada violou o direito internacional, porque essa cidade é um "território ocupado" pelos israelenses desde 1967, conforme indicado pelas resoluções das Nações Unidas.
"Eles estão planejando aniquiliar o povo palestino e, assim, colocar o Oriente Médio sob a tutela e controle militar norte-americano e israelense [...] toda sexta-feira em que o povo palestino reivindica o seu direito de voltar matam umas 40 pessoas", acrescentou.
No entanto, as decisões de Trump não vão impedir os palestinos, disse o embaixador.
"A força da luta da Palestina é a justiça, temos 140 países que reconhecem o Estado palestino e que não gosta de Trump, que criou um grupo de contrabandistas de armas para matar civis, nossa força e nossas armas são leis internacionais e resoluções das Nações Unidas", complementou.
No final de 2017, Trump anunciou que os Estados Unidos reconheceram oficialmente Jerusalém como a capital de Israel e transferiram sua embaixada para lá. Esta decisão provocou críticas severas por parte da comunidade internacional.
No entanto, Austrália, Guatemala, República Tcheca, Brasil e Paraguai se curvaram ao reconhecimento de Jerusalém. O Paraguai, após uma mudança de governo, reverteu a decisão.