"Hoje, vemos como tarefa a manutenção do equipamento antes fornecido em bom estado. Levando em consideração a crise vivida pelo país [Venezuela], a assinatura de novos contratos de fornecimento dos últimos modelos de armamentos e equipamento militar é pouco provável no momento atual", informa Punchuk.
Segundo Punchuk, hoje em dia a Venezuela é um dos maiores clientes da Rússia na área técnico-militar da região latino-americana. As Forças Armadas venezuelanas são equipadas com os modelos mais modernos de produção militar russa: aviões, helicópteros, sistemas de defesa antiaérea e veículos blindados.
O sucesso do equipamento militar russo na região latino-americana está ligado à adaptação dele às condições climáticas. O volume total do mercado de produção militar da América Latina é estimado entre 40 e 50 biliões de dólares. Mas a aquisição de equipamento militar é cíclica e limitada pelo financiamento orçamentário e pela pressão política do lado dos EUA.
"Não omitirei que as sanções introduzidas pelos EUA e países da Europa Ocidental em relação à Venezuela e a exportadoras russas de produção militar influencia negativamente o desenvolvimento da cooperação técnico-militar entre nossos países", nota Punchuk.
Além do mais, o vice-diretor deu detalhes da construção na Venezuela de fábrica especializada na produção de fuzis AK-47: "A construção está sendo realizada em plena cooperação com a clientela estrangeira e em conformidade com o gráfico acordado com a parte venezuelana. Agora estão sendo acabados trabalhos de montagem."
Mas, ao mesmo tempo, alguns fatos refletem negativamente na realização do projeto – a situação política na Venezuela e o bloqueio do país, organizado com apoio dos EUA e alguns países da região latino-americana, destacou o interlocutor da agência.
A Venezuela está vivendo em crise há um tempo, mas o ápice da tensão foi impulsionado com a autoproclamação de Juan Guaidó como presidente interino do país latino-americano. Desde março de 2015, sanções norte-americanas são impostas à Venezuela.