O articulista afirma que os principais elementos do plano incluem ligar a al-Qaeda ao Irã para retratar a República Islâmica como uma ameaça terrorista aos EUA, "o que é exatamente o que as autoridades do governo vêm fazendo nas últimas semanas".
"Isso poderia dar a Trump a justificativa que ele precisa para combater o Irã sob a resolução de uso de força de 2001, sem aprovação do Congresso", Allen argumenta, acrescentando que o Congresso dificilmente concederá ao presidente americano "nova autoridade para atacar o Irã nas circunstâncias atuais ”.
O presidente americano teria sido frustrado com seus principais assessores sobre o Irã, dizendo que a política de linha dura imposta por Bolton e pelo secretário de Estado Mike Pompeo poderia levar ao envolvimento dos EUA em uma luta militar contra Teerã, quebrando a promessa de campanha de Trump contra dispendiosas guerras estrangeiras.
O Washington Post citou uma fonte não identificada dizendo que Trump quer falar com os líderes iranianos e encontrar uma solução diplomática, já que ele está desconfortável com especulações de guerra com o país e "toda essa coisa de 'mudança de regime'".
O chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif, por sua vez, expressou a esperança de que uma guerra não seja desencadeada no Oriente Médio, mesmo que as tensões entre Washington e Teerã persistem.
"Como o líder da Revolução Islâmica também anunciou, estamos certos de que nenhuma guerra se manifestará porque nem nós queremos uma guerra, nem ninguém tem a ideia ou a ilusão de poder enfrentar o Irã na região", disse Zarif em uma entrevista à agência de notícias IRNA no sábado.
Suas declarações foram precedidas pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khameneni, destacando que "a opção definitiva da nação iraniana será a resistência diante dos EUA" e que "neste confronto, os EUA seriam forçados a recuar".