Segundo as fontes, em 10 de maio o Banco Central da Venezuela vendeu cerca de 9,7 toneladas de ouro e mais quatro toneladas três dias depois; como resultado, as reservas de ouro do país se reduziram até 7,9 bilhões de dólares (R$ 32,28 bilhões), atingindo seu valor mínimo em 29 anos.
De acordo com uma das fontes, "as receitas serão parcialmente usadas para financiar importações através do escritório de comércio exterior do país". O Banco Central do país ainda não comentou o assunto.
A Bloomberg informou que, desde o início de abril, a Venezuela vendeu 23 toneladas de ouro, em meio a um bloqueio econômico dos EUA destinado a deter as operações comerciais do país latino-americano.
A venda ocorreu depois que em fevereiro a Venezuela teria anunciado planos de vender 15 toneladas do ouro do Banco Central para os Emirados Árabes Unidos (EAU) que seriam pagos em dinheiro em euros.
O objetivo era vender um total de 29 toneladas de ouro para Abu Dhabi para obter liquidez para importação de produtos básicos.
Anteriormente, o Banco da Inglaterra recusou ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, um pedido para entregar 1,2 bilhão de dólares em barras de ouro. A decisão de não autorizar o pedido de retirada do ouro foi feita depois que altos funcionários dos EUA, inclusive o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, pressionaram seus homólogos britânicos para bloquearem o acesso por Maduro a ativos no exterior.
O Departamento do Tesouro dos EUA impôs vários pacotes de sanções a empresas estatais venezuelanas. Os danos totais das sanções dos EUA contra a Venezuela já teriam ultrapassado 100 bilhões de dólares.
A Venezuela tem lidado com uma grave crise política, com o líder da oposição, Juan Guaidó, tendo se proclamado presidente interino do país em 23 de janeiro.
Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino do país.
A Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México, Irã e muitos outros países manifestaram seu apoio a Maduro como presidente legítimo e exigiram que os outros países respeitem o princípio de não interferência nos assuntos internos venezuelanos.