Durante a cerimônia na Suprema Rada (parlamento ucraniano), Zelensky prestou juramento público colocando as mãos na Constituição do país e no Evangelho Peresopnytsia, datado do século XVI, ao tomar posse.
O novo presidente eleito declarou que seu primeiro objetivo é atingir o cessar-fogo em Donbass e que ele está disposto a fazer tudo para atingir esse objetivo, apelando à unidade de todos os ucranianos. A região de Donbass, no leste do país, vive um conflito interno desde 2014 que já deixou 13.000 mortos, segundo os dados da ONU.
"Nossa primeira tarefa é atingir o cessar-fogo em Donbass", declarou Zelensky, acrescentado que seus próximos passos serão recuperar o controle ucraniano sobre Donbass e a Crimeia.
A Crimeia se reunificou à Rússia em 2014 depois de um referendo no qual quase 97% dos residentes votaram pela reunificação. No entanto, Kiev ainda considera a península como território ucraniano. As autoridades russas ressaltaram inúmeras vezes que a reunificação ocorreu de forma legal, de acordo com as leis internacionais.
Além disso, ele anunciou que dissolverá o parlamento do país e chama à demissão dos chefes do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano), do procurador-geral e o do ministro da Defesa do país no prazo de dois meses.
Comediante e novato na política, Vladimyr Zelensky venceu as eleições presidenciais na Ucrânia realizadas em abril. O candidato obteve 73,22% dos votos no segundo turno do pleito, contra os 24,45% de Pyotr Poroshenko, anterior presidente.