Segundo Moscou, o recente aumento anunciado na produção de urânio pouco enriquecido pelo Irã está sendo realizado sob o controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e não viola o acordo firmado em 2015 com o chamado grupo P5+1, formado por China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha, e depois abandonado pelos EUA.
"A AIEA foi avisada antecipadamente sobre as mudanças. Todos os procedimentos estabelecidos foram seguidos. Mesmo aumentando a produção, o Irã permanece dentro da estrutura especificada no JCPOA", afirmou a chancelaria russa.
Na última segunda-feira, o responsável pela central nuclear de Natanz, no Irã, informou que o país estava aumentando em quatro vezes a taxa de enriquecimento de urânio após a suspensão de parte dos compromissos assumidos no acordo de 2015. A medida foi uma resposta ao aumento das pressões internacionais lideradas por Washington, que, além de restabelecer uma série de sanções contra Teerã, passou a adotar um discurso ainda mais belicoso em relação à República Islâmica, acompanhado de um fortalecimento da presença militar norte-americana no Golfo Pérsico.