Na recente coletiva de imprensa, Mike Pence, vice-presidente norte-americano, não especificou que plano têm os EUA para lidar com a crise política na Venezuela, mas, segundo os observadores, torna-se cada vez mais evidente que a estratégia de Washington para derrubar o presidente venezuelano legítimo, Nicolás Maduro, está num impasse.
O governante estadunidense afirmou que a situação na Venezuela é uma "tragédia", declarando que ela se deve "ao impulso ditatorial e socialista" de Maduro.
Exatamente um ano atrás, no dia 20 de maio de 2018, Maduro foi eleito presidente da Venezuela. A oposição recusou aceitar o resultado.
Pence lembrou que o presidente Donald Trump "lidera uma coligação de 50 países" que reconheceram o líder da oposição Juan Guaidó como "presidente interino" da Venezuela. Os EUA "continuarão exercendo pressão econômica e diplomática" sobre a Venezuela e "seus patronos" em Cuba.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de invasão militar, Pence repetiu o "mantra" habitual da Casa Branca, de que "todas as opções estão em cima da mesa".
"Todas as opções estão sobre a mesa. Os EUA não vão ficar de braços cruzados enquanto a Venezuela continua colapsando na tirania e privações", disse o vice-presidente.
"O povo americano, os povos em todo mundo, o povo de Venezuela podem estar confiantes de que o presidente Trump e a nossa administração vão se manter firmes até vermos a liberdade restabelecida na Venezuela", disse Pence, sem referir pormenores.
Em 30 de abril, Guaidó tentou encenar um golpe para depor o presidente Maduro. No entanto, seus planos fracassaram. O apelo de Guaidó para que os militares abandonassem Maduro não levou, como ele esperava, à deserção em massa. As Forças Armadas reafirmaram sua lealdade ao presidente eleito.