Moscou: suposto uso de armas químicas na Síria precisa ser investigado

© AP Photo / Alfonso PerezAgente da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ)
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A Rússia defende a investigação de todos os casos relatados de uso de armas químicas na Síria, afirmou o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, nesta quarta-feira, acrescentando que as investigações devem buscar a verdade, em vez de trazer novas acusações contra Damasco.

"Temos a informação de que provocações usando substâncias químicas estão sendo constantemente preparadas por militantes e terroristas. Nossos colegas dos EUA e seus aliados permanecem indiferentes a essa informação", declarou o representante de Moscou. 

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Ele também acusou a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) de ter criado um "mecanismo que viola a Convenção sobre Armas Químicas", que atende somente aos "princípios formulados politicamente pelos países ocidentais".

Ryabkov observou que a investigação deve implicar visitas à cena do incidente, entrevistas com testemunhas e coleta de evidências não contaminadas.

O alto funcionário russo lamentou que as investigações anteriores não foram conduzidas com todo o rigor e só resultaram em acusações contra Damasco.

O diplomata acrescentou que a confiança na OPAQ foi minada.

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Defesa russa: Grupo terrorista tentou forjar ataque químico em Aleppo, na Síria
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Morgan Ortagus, disse na terça-feira que Washington estava coletando informações sobre um ataque com armas químicas na Síria, realizado supostamente neste fim de semana, e advertiu o presidente sírio, Bashar Assad, que responderia rapidamente se o envolvimento de Damasco fosse confirmado.

O Ministério da Defesa russo avisou, ainda no início de maio, que militantes do grupo terrorista Frente al-Nusra se preparavam para promover uma provocação na província síria de Idlib para acusar as Forças Aeroespaciais russas e o exército sírio por supostamente atacar civis com armas químicas.

No ano passado, os Estados Unidos, o Reino Unido e a França alegaram supostos ataques químicos em Khan Sheikhoun, Duma e Ghouta Oriental, para justificar ataques com mísseis contra a Síria, sem esperar os resultados de uma investigação independente. O governo sírio negou qualquer participação nos ataques químicos.

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