A avaliação dura, citada pela agência estatal de notícias KCNA, vem depois que o consultor do presidente dos EUA, Donald Trump, criticou Pyongyang por realizar recentemente testes de mísseis de curto alcance. Bolton descreveu que os exercícios "sem dúvida" violaram as resoluções da ONU.
Em resposta, o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte argumentou que a eliminação completa de testes de mísseis prejudicaria completamente a segurança nacional do país.
"Proibir lançamentos usando tecnologia balística é o mesmo que nos dizer para desistir de nosso direito à autodefesa", informou.
O funcionário do ministério acrescentou que, mesmo nos EUA, Bolton é bem conhecido como um "fanático por guerra" e que tal "defeito humano deve desaparecer o mais rápido possível".
No início de maio, o Exército norte-coreano testou vários foguetes e mísseis. Os falcões de guerra de Washington foram rápidos em citá-lo como mais um motivo para pressionar Pyongyang.
Trump, por sua vez, escreveu em sua plataforma de mídia social favorita, o Twitter, que os testes de "pequenas armas" incomodavam alguns de seu pessoal, mas não ele.
Os testes foram vistos como uma maneira de pressionar Washington a reverter as sanções impostas à Coreia do Norte, enquanto Bolton é um forte opositor de aliviar as restrições.
Chamando o comentário do americano falante de "mais do que ignorante", o funcionário norte-coreano acrescentou que o Bolton estava trabalhando para "destruir a paz e a segurança".
John Bolton foi criticado antes por sua posição de "belicista" não só em relação à Coreia do Norte, mas também por "buscar uma briga" com o Irã. O ex-congressista Ron Paul recentemente disse à RT que tal posição é "muito perigosa", lamentando Trump por indicar neoconservadores para sua equipe.