O partido de Nigel Farage, assim como outros partidos de extrema-direita proeminentes como o Rally Nacional, da França, e a Liga, da Itália, receberam um maior apoio, enquanto que os dois principais partidos que dominaram a UE nas últimas décadas não conseguirão formar uma coalizão.
Rodney Atkinson, fundador do site freenations.net, um dos economistas britânicos mais bem-sucedidos e ex-assessor de ministros do Reino Unido, falou sobre o sucesso do Partido do Brexit à Sputnik Internacional.
Ao ser questionado sobre a campanha do Partido do Brexit, liderado por Nigel Farage e que recebeu mais de 30% dos votos nas eleições para o Parlamento Europeu no Reino Unido, Rodney Atkinson afirma que por mais de 30 anos tem avisado que a divisão real na política não estava no eixo entre a esquerda e a direita, mas sim no eixo autoritário-libertário.
Já sobre a perda de apoio que os dois principais partidos sofreram, o economista acredita que isso se deve ao fato que as pessoas foram impedidas de ter uma escolha de voto, enquanto que as grandes empresas foram capazes de controlar os mercados e os baixos salários, ou seja, às pessoas foram negados instrumentos tanto políticos como econômicos para influenciar suas vidas.
Com relação sobre o que mudará na vida dos britânicos após a vitória do Brexit, o economista cita que o acordo de May foi um Brexit "sem acordo" sobre o livre comércio, taxas, controles legais, liberdade constitucional ou direitos dos cidadãos, mas com um custo de mais de £ 40 bilhões.
A política dos Estados-nação da União Europeia, bem como seus desejos de soberania democrática, alastrou agora ao Parlamento Europeu e o tradicional corporativismo entre os grupos socialista e conservador não terá mais maioria.
Com relação aos principais problemas que a UE enfrenta, o economista afirma que a UE não pode sobreviver à próxima recessão e que o euro está matando a economia, as estruturas sociais e os empregos nos países da UE.
Com isso, a maioria dos países precisa deixar o euro. Entretanto, muitas decisões devem ser tomadas pelos parlamentos dos países, além de se substituir a liberdade de movimento socialmente alienada pelo livre comércio e investimento internacional, concluiu.