Segundo o presidente, o funcionário da Missão de Administração Interina das Nações Unidas no Kosovo (UNMIK), Mikhail Krasnoschekov, foi detido e agredido pelas Forças Especiais do Kosovo (ROSU) no âmbito de uma operação efetuada na terça-feira (28).
Seu médico revelou à Sputnik que Krasnoschekov recebeu sérios ferimentos na cabeça.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou a detenção de Krasnoschekov no Kosovo, classificando-a de ato ultrajante. Além disso, Moscou exige que missão da ONU no Kosovo apresente informações completas sobre a detenção do cidadão russo e empreenda esforços para sua libertação.
Posteriormente, a UNMIK informou que Krasnoschekov foi libertado.
Hoje de manhã (28), as ROSU iniciaram uma operação especial nas regiões do norte do Kosovo que são predominantemente habitadas por sérvios. Segundo os dados preliminares, cerca de 30 pessoas foram detidas pelas ROSU.
A chancelaria russa qualificou de "provocação" a entrada das forças especiais kosovares albanesas nos municípios sérvios e a realização de detenções.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, declarou que se trata de "mais uma provocação de Pristina, que busca intimidar e afugentar a população não albanesa e estabelecer o controle sobre essas zonas pelo uso da força".
Anteriormente, o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, avisou que Pristina poderia vir a realizar detenções de policiais sérvios no Kosovo sob pretexto da luta contra a corrupção.
O Kosovo proclamou unilateralmente a independência da Sérvia em 2008 e é reconhecido por mais de 100 Estados membros da ONU. A Sérvia, bem como a Rússia, China, Israel, Irã, Espanha, Grécia e alguns outros países ainda não reconheceram a independência do Kosovo.