De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre de 2019, o PIB totalizou, em valores correntes, R$ 1,714 trilhão, sendo R$ 1,462 trilhão referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 251,5 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.
Segundo o economista e professor da Univeritas e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Heitor Silva, que conversou com a Sputnik Brasil, a economia brasileira está vivendo um período de "reprimarização".
"Nós estamos vivendo um momento de reprimarização da economia brasileira. Reprimarização é a ideia de que o PIB brasileiro, a indústria, estaria tendo cada vez uma menor participação. Nesse ritmo que se mantêm nós vamos acabar nos transformando numa república das bananas", declarou.
Ao ser questionado se a instabilidade política é um fator importante para os índices de crescimento, o especialista afirmou que a principal causa para a queda do PIB é o desemprego.
"O que está puxando essa queda do PIB basicamente é desemprego. O mercado fala em instabilidade política, mas quando você pega os números você vê que é um processo que já vem há algum tempo e não é desse período eleitoral. Então na verdade o que nós estamos tendo é uma regressão da economia brasileira. Nós estamos tendo um desemprego crescente, já estamos na cas de 14 milhões de desempregrados", destacou o economista, observando que o único setor que cresceu foi o de serviços, que teve um crescimento de 0,2% apenas.
De acordo com Heitor Silva, o Brasil necessita de uma política industrial para recuperar o crescimento.
"Se a gente retoma as contratações, o mercado interno responde rapidamente e a gente resolve dois problemas: a gente resolve o problema do PIB e resolve também a necessidade da reforma da Previdência, porque o déficit da Previdência acontece por termos mais saída do que entrada de recurso, se você volta a crescer, novos trabalhadores entram e a contribuição aumenta", completou o especialista.