A Rússia e a Índia selaram um acordo de US$ 5 bilhões em 2015 pelos S-400. Desde então, os EUA têm pressionado a Índia a comprar equipamentos americanos, oferecendo mísseis Patriot e THAAD como alternativa.
"O [negócio dos] S-400 é significativo por causa das sanções da CAATSA [Ato contra os Adversários da América Através da Lei de Sanções]. Também é significativo por causa do que impede, em termos de cooperação de alta tecnologia no futuro", informou um funcionário sênior anônimo do Departamento de Estado dos EUA, segundo o jornal Times of India.
Washington constantemente ameaça a Índia com retaliação sob o CAATSA emitido pelo Congresso dos EUA para impedir a compra de armas da Rússia. Apesar da pressão, Nova Déli permaneceu desafiadora e deixou claro que manteria o acordo. O general-chefe do Exército indiano, Bipin Rawat, confirmou que o acordo iria prosseguir e insistiu que seu país não saberia o que fazer, uma vez que "segue uma política independente".
A Índia e a Rússia têm uma longa história de comércio de armas, sendo Moscou o maior importador de armas de Nova Déli. Agora os EUA, que é o número 2, aparentemente querem mudar isso.
O funcionário acrescentou que Washington é fortemente contra a mistura de seus sistemas com os estrangeiros, dizendo que "há ameaças representadas pela compra de um S-400". É por isso que a Índia tem que escolher para onde "suas relações militares estão dirigidas" e "com quem vai compartilhar a mais alta tecnologia e esse ambiente operacional".
Até agora, as ameaças dos EUA não conseguiram impedir um fluxo constante de pedidos do S-400. Washington colocou uma pressão maciça sobre a Turquia para um acordo semelhante com Moscou. O país ameaça interromper as entregas de seus equipamentos militares pré-encomendados por Ancara e suspender os programas de treinamento para pilotos turcos de caças norte-americanos. Apesar disso, a Turquia espera que as primeiras baterias sejam entregues já neste ano.