"A primeira bala disparada no golfo Pérsico elevará os preços do petróleo acima dos 100 dólares", disse Safavi, citando pelo Reuters, notando que esta situação "seria insuportável para os Estados Unidos, Europa e aliados dos EUA, como Japão e Coreia do Sul".
Além disso, Safavi, que foi comandante da Guarda Revolucionária iraniana entre 1997 e 2007, afirma que "os americanos estão conscientes que suas forças militares [na região] estão dentro do alcance dos mísseis do Irã", bem como de sua Marinha e da de seus aliados estrangeiros no golfo Pérsico.
Essas declarações vêm em meio a uma escalada de tensão entre os dois países, desde que em abril passado o governo dos EUA anunciou que a partir de 2 de maio terminaria a isenção de sanções para oito países para comprar petróleo bruto do Irã – entre eles a Itália, Grécia, Japão, Turquia e China – com o objetivo de "reduzir a zero as exportações do petróleo iraniano", a principal fonte de rendimento da nação persa. Se esses países continuarem comprando petróleo a Teerã, Washington vai introduzir sanções econômicas contra eles.
Este anúncio fez com que os preços do petróleo subissem mais de 3% nos dois dias seguintes. Ao mesmo tempo, os EUA notaram que tomariam medidas "coordenadas" com a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e outros países aliados para garantir que os mercados mundiais de petróleo continuem a ser fornecidos adequadamente.
O Departamento de Estado dos EUA anunciou no dia 3 de maio novas restrições contra Teerã, em meio a uma "campanha de pressão sem precedentes para abordar toda a gama de atividades destrutivas do Irã" relacionadas ao seu programa nuclear.
Na semana passada, Donald Trump anunciou sua autorização ao Pentágono para enviar 1.500 militares adicionais ao Oriente Médio devido às tensões com o país persa.
No dia 8 de maio de 2018, Trump anunciou a saída dos EUA do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA na sigla em inglês), argumentando que este acordo não impede "o enriquecimento de urânio" do Irã, a quem acusou de violar os termos do pacto e de tentar ativamente obter armamento nuclear. Os outros signatários do tratado, assim como o Irã, condenaram essa medida e continuam fiéis às suas condições.