É o que revelou à Sputnik o secretário-geral da Associação para o Desenvolvimento Internacional da China (CODA), He Zhenwei, em uma entrevista antes do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).
O comércio entre a China e os EUA depende principalmente de pequenas e médias empresas, enquanto o comércio bilateral da China com a Rússia representa grandes empresas estatais, disse ele.
"No entanto, muitas pequenas e médias empresas chinesas voltadas para a exportação enfrentam agora dificuldades. Os EUA já elevaram seus impostos sobre produtos chineses de 10% para 25%, o que equivale a fechar suas portas. Caso os consumidores americanos concordem em pagar mais de seus bolsos, essas empresas poderão aumentar os preços dos produtos em 25%, o que é pouco provável", avaliou.
A atual troca de tarifas entre a China e os EUA está piorando recentemente. Washington aumentou as taxas de 10% para 25% das importações chinesas, totalizando cerca de US$ 200 bilhões. O presidente dos EUA, Donald Trump, também ordenou o início do processo de aumento das tarifas sobre todas as importações remanescentes da China, estimada em cerca de US$ 300 bilhões. Em resposta, Pequim elevou o valor de US$ 60 bilhões em importações americanas no sábado.
Enquanto isso, o comércio entre a Rússia e a China registrou um crescimento histórico no ano passado de cerca de 25%, para US$ 108 bilhões, superando todas as previsões. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, a China é e continuará a ser o principal parceiro comercial da Rússia. Ele disse recentemente que os dois países estão desfrutando de seus melhores laços comerciais e econômicos de todos os tempos.