Em entrevista à Sputnik Brasil, Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia, elenca algumas decisões que enxerga com preocupação: a ampliação do acesso a armas, os novos rumos da política de drogas, o chamado pacote anticrime do ministro da Justiça Sérgio Moro e os ataques aos direitos dos povos indígenas.
A Anistia enviou uma carta aberta a Bolsonaro em maio. O texto traz o acompanhamento de pontos considerados sensíveis pela organização, que também pediu um encontro com o presidente.
Bolsonaro não recebeu a Anistia Internacional e encaminhou o pedido de reunião para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. A reunião, contudo, não contou com a ministra da pasta, Damares Alves. A Anistia teve reuniões em Brasília com representantes do ministério de Damares e da Secretária de Governo.
"O Brasil é um dos campeões em homicídios, principalmente homicídios de jovens negros. Boa parte do mundo está preocupada com o fato do Brasil ser o campeão em assassinatos de defensores e defensoras de direitos humanos, estão preocupados com essa tentativa de flexibilizar o acesso às armas no Brasil. Um país que já tem homicídios demais na população e também assassinatos de agentes de segurança como policiais. Tem um especialista que disse que tentar reduzir a violência com mais armas é a mesma coisa que apagar um incêndio com gasolina."