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Medidas de Bolsonaro 'ameaçam a vida e a dignidade das pessoas', diz Anistia Internacional

© AFP 2023 / EVARISTO SAPresidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante cerimônia de assinatura do decreto que mudou regras sobre uso de armas e munições, no Palácio do Planalto, Brasília, 7 de maio 2019
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante cerimônia de assinatura do decreto que mudou regras sobre uso de armas e munições, no Palácio do Planalto, Brasília, 7 de maio 2019 - Sputnik Brasil
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Com 5 meses de governo recém-completados, a Anistia Internacional alerta que algumas medidas de Jair Bolsonaro (PSL) representam uma ameaça à vida e aos direitos humanos.

Em entrevista à Sputnik Brasil, Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia, elenca algumas decisões que enxerga com preocupação: a ampliação do acesso a armas, os novos rumos da política de drogas, o chamado pacote anticrime do ministro da Justiça Sérgio Moro e os ataques aos direitos dos povos indígenas.

A Anistia enviou uma carta aberta a Bolsonaro em maio. O texto traz o acompanhamento de pontos considerados sensíveis pela organização, que também pediu um encontro com o presidente.

Bolsonaro não recebeu a Anistia Internacional e encaminhou o pedido de reunião para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. A reunião, contudo, não contou com a ministra da pasta, Damares Alves. A Anistia teve reuniões em Brasília com representantes do ministério de Damares e da Secretária de Governo.

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A diretora executiva do organismo ressalta que não foi recebida por nenhum ministro ou ministra, apesar de ter solicitado diversas audiências. "Infelizmente não fomos recebidos pelo presidente, uma situação muito incomum na experiência da Anistia Internacional aqui no Brasil", afirma Jurema Werneck. 

"O Brasil é um dos campeões em homicídios, principalmente homicídios de jovens negros. Boa parte do mundo está preocupada com o fato do Brasil ser o campeão em assassinatos de defensores e defensoras de direitos humanos, estão preocupados com essa tentativa de flexibilizar o acesso às armas no Brasil. Um país que já tem homicídios demais na população e também assassinatos de agentes de segurança como policiais. Tem um especialista que disse que tentar reduzir a violência com mais armas é a mesma coisa que apagar um incêndio com gasolina."

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