O assessor especial para assuntos internacionais do presidente do Parlamento iraniano, Hossein Amir-Abdollahian pediu a Riad que pare de ajudar os EUA em sua guerra econômica contra a República Islâmica, sugerindo que haveria consequências se a parceria continuasse.
"Se os líderes sauditas não deixarem de ajudar e encorajar os EUA em sua guerra econômica contra o Irã, eles devem esperar por sua nova e chocante decisão", escreveu o funcionário em um tweet, sem esclarecer qual "decisão chocante" seria essa.
If #Saudi rulers do not stop aiding & abetting the #US in its economic war against #Iran, they must wait for its new & shocking decision. The clock is ticking so fast for the continuity of Saudi-#Emirati-#Israeli dirty policies. pic.twitter.com/8oSljzVBPT
— H.amirabdollahian (@Amirabdolahian) 4 de junho de 2019
"O relógio está correndo tão rápido para a continuidade das políticas sujas sauditas-emirati-israelenses", acrescentou ele, postando uma caricatura com o rei saudita dançando ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu com pés feitos de bombas.
Amir-Abdollahian, que é conhecido por ter desempenhado um papel importante na formulação da política iraniana na região nos últimos anos, retweetou o post, originalmente publicado em persa, árabe e inglês.
A advertência do oficial segue a cúpulas de emergência do Conselho de Cooperação do Golfo e membros da Liga Árabe, convocada pela Arábia Saudita para discutir a suposta ameaça representada pelo Irã para a região. Os encontros aconteceram depois dos ataques do mês passado contra petroleiros na costa dos Emirados Árabes Unidos, atribuídos imediatamente pelos EUA ao Irã. A Arábia Saudita mais tarde seguiu o exemplo, com Salman acusando Teerã de se engajar em "ações subversivas".
As relações entre o Irã e a Arábia Saudita, países informalmente vistos como líderes das subdivisões sunita e xiita do islamismo, respectivamente, têm sido ruins há décadas. No início de 2016, Riad cortou todos os laços diplomáticos com Teerã depois que ativistas iranianos atacaram missões diplomáticas sauditas para protestar contra a execução do proeminente clérigo xiita saudita Nimr al-Nimr.