"Estamos prontos para negociar com a Rússia e cumprir os Acordos de Minsk", declarou ele ao final de sua reunião com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em Bruxelas.
No entanto, Zelensky apontou que a Ucrânia deve primeiro ser capaz de "defender-se e fortalecer-se nas esferas econômica, política e militar".
O presidente ucraniano lembrou que na próxima quarta-feira haverá uma reunião do Grupo de Contato para a crise ucraniana que contará com a presença do Chefe de Gabinete das Forças Armadas da Ucrânia, Ruslan Jomchak.
"Vamos fazer várias propostas sobre o retorno (do cumprimento dos Acordo de) Minsk, iniciando por um cessar-fogo", afirmou, acrescentando que a troca de prisioneiros é um tema que também será abordado.
Além disso, o presidente disse que o povo ucraniano precisa de um avanço em direção a "altos padrões europeus de qualidade de vida e segurança".
"O objetivo de nossas reformas é melhorar a qualidade de vida dos ucranianos, erradicar a corrupção, modernizar o Estado, tudo isso só é possível se nossa segurança for garantida", afirmou.
Zelensky foi eleito presidente da Ucrânia em 20 de maio.
Desde abril de 2014, a Ucrânia realiza uma operação contra milícias na parte oriental de seu território – Donbass –, onde as regiões de Donetsk e Lugansk se autoproclamaram repúblicas independentes em resposta à alteração violenta do governo em Kiev em fevereiro do mesmo ano.
Os Acordos de Minsk, assinado em setembro de 2014 e fevereiro 2015, lançou as bases para uma solução política para o conflito, mas não resultou até agora na cessação da violência, cujo saldo da ONU estimada em cerca de 13.000 mortos, além de mais de 1,3 milhão de pessoas deslocadas.
O Grupo de Contato Trilateral (Rússia, Ucrânia e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) tem no formato da Normandia (Alemanha, França, Rússia e Ucrânia) a principal plataforma de consulta que visa resolver o conflito entre o governo de milícias ucranianas e do Donbass.