Segundo o CEO do grupo Denel, Danie du Toit, a empresa pretende continuar a cooperação com o Brasil, além de reforçar os laços existentes entre os dois países.
Durante o encontro, Japie Mare, gerente do programa A-Darter, fez uma apresentação completa sobre o programa, inclusive mostrando seu sucesso e a futura divisão de trabalho entre a Denel e a indústria brasileira.
Vale destacar que o projeto A-Darter teve início em 1995, mas foi interrompido devido aos cortes de financiamento, sendo retomado apenas em 2006, quando o Brasil aderiu ao programa, segundo o portal Defence Web.
Com isso, os testes dos mísseis A-Darter tiveram início em 2010, tendo sido estabelecida uma linha de produção em 2018, contribuindo para sua industrialização e fabricação. Uma prova disso foi o acordo firmado entre a Força Aérea sul-africana e a Denel em 2015. Os primeiros mísseis devem ser entregues até 2021.
Os mísseis A-Darter deverão ser transportados pelos caças Gripen C/D da Força Aérea sul-africana e pelos 36 novos caças Gripen E/F da Força Aérea brasileira.
Além disso, o encontro serviu para discutir sobre o futuro dos mísseis além do alcance visual Marlin, já que ambos os países possuem interesse em uma possível colaboração.
O representante sul-africano também confirmou o interesse em desenvolver os mísseis terra-ar Umkhonto para uma versão ar-ar, podendo mais tarde a Força Aérea brasileira integrá-los em seus novos caças Gripen.
"Há um desejo real em continuar com o relacionamento que foi estabelecido no decorrer de muitos anos e explorar futuras oportunidades. Há uma exigência dos dois países para desenvolver capacidades e compartilhar o trabalho entre as duas indústrias", afirmou a Denel.
Essa contribuição implicaria o financiamento do Ministério da Defesa do Brasil e do Departamento de Defesa da África do Sul para prosseguir com o desenvolvimento dos mísseis Umkhonto e Marlin.
Por sua vez, o ministro Azevedo informou a delegação da Denel sobre o novo cenário político no Brasil com um presidente com formação militar. Além disso, enfatizou que o Brasil é um vasto país e precisa reforçar suas capacidades para melhor proteger o espaço aéreo, que deve ser controlado 24 horas por dia, e que por isso compareceu ao local com o objetivo de explorar novas oportunidades, inclusive de colaboração em tecnologias terra-ar.