O Ministério da Defesa de Taipei pediu formalmente 108 tanques de batalha M1A2 Abrams, mais de 1.500 mísseis antitanque Javelin e TOW e 250 mísseis antiaéreos Stinger.
A solicitação estava prosseguindo "normalmente", acrescentou o ministério.
O governo dos EUA deu ao Congresso uma notificação informal de seu plano para vender o equipamento em um acordo de US$ 2 bilhões, informou a Bloomberg News.
Pequim disse ter "preocupações sérias" sobre a venda.
"Temos repetidamente enfatizado aos Estados Unidos que entendam totalmente a natureza extremamente sensível e prejudicial de sua decisão de vender armas para Taiwan" disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6).
Geng disse que o princípio da "China Única" deve ser respeitado.
Pequim intensificou significativamente a pressão diplomática e militar em Taipei desde a posse do presidente Tsai Ing-wen, em 2016. Ele é adota uma postura mais crítica com Pequim do que seus antecessores.
A China ordenou exercícios militares perto da ilha e reduziu constantemente o número já pequeno de nações que reconhecem Taiwan.
Os Estados Unidos trocaram o reconhecimento diplomático de Taiwan pelo da China em 1979, mas Washington continua sendo o principal aliado não oficial de Taipei e tem uma obrigação congressional de vender armas para Taiwan - regra que constantemente abala sua relação com Pequim.
Nos últimos anos, Washington tem tido cautela em fazer vendas de armas de grande porte para Taiwan, com medo de alimentar a ira da China.
Mas o presidente Donald Trump procurou fortalecer os laços com Taipei e parece mais disposto a vender armamentos.