"Para os pagamentos internos, para o uso na Venezuela temos várias opções em cima da mesa. Isso é algo que temos de utilizar, talvez não algo tão grande como o UnionPay, mas nós vamos ter um sistema de [pagamentos] em bolívares" disse ministro.
"Temos mais que uma opção, e vamos implementá-la nos próximos dias, temos que estar preparados quando o Visa e o Master[card] se forem embora", afirmou o ministro nos bastidores do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).
"Ainda estamos trabalhando nisso [a recuperação dos fundos bloqueados] estamos tentando assegurar nossos ativos em lugares normais como a Rússia e a China, e estamos dispostos a continuar lutando contra as sanções e tentar recuperá-los[..] Os novos ativos e o novo dinheiro que estamos obtendo a partir das nossas exportações, tentamos os manter em lugares seguros", revelou o ministro em entrevista à Sputnik.
Simon Zerpa acrescentou que a Venezuela terá que "esperar um pouco mais" antes de conseguir recuperar o dinheiro que tem estado congelado no estrangeiro.
"Estamos tentando recuperar os nossos fundos porque estamos sofrendo de uma situação ilegal. Temos advogados, temos demandas, temos audiências em tribunal, mas teremos que esperar um pouco mais porque o dano causado pelos EUA é enorme", observou.
O ministro também confirmou que a Venezuela pretende pagar toda a sua dívida à Rússia e que o próximo pagamento está previsto para 30 de setembro.
O vice-ministro das Finanças russo, Sergei Storchak, explicou anteriormente que o serviço da dívida da Venezuela para com a Rússia envolve pagamentos duas vezes por ano, em março e setembro.
Em dezembro de 2011, a Rússia concedeu à Venezuela um crédito no valor de US$ 4 bilhões para financiar a compra de equipamento industrial.