Os comentários do presidente vieram logo depois de seu ministro das Relações Exteriores e negociador-chefe, Marcelo Ebrard, afirmar que o país saiu com a "dignidade intacta" do diálogo que suspendeu o plano dos EUA de aplicar sanções contra produtos mexicanos.
Obrador disse que, como um admirador de Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela, ele se opõe à retaliação, mas estava preparado para impor tarifas aos EUA.
A manifestação em Tijuana foi originalmente planejada como um ato de solidariedade diante da ameaça do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 5% sobre as exportações mexicanas se o país não diminuísse o fluxo de imigrantes ilegais que usam seu território para chegar nos EUA.
Mas autoridades dos países chegaram a um acordo após o México comprometer-se em tomar medidas para conter o fluxo de imigrantes ilegais.
Falando sobre os imigrantes, Ebrard disse: "enquanto eles estiverem no México, vamos nos solidarizar com eles".
Os moradores de Tijuana no comício disseram que apoiam os termos do acordo. Mas moradores a apenas um quarteirão de distância expressaram preocupação de que o acordo poderia significar mais requerentes de asilo tendo que esperar em Tijuana e outras cidades da fronteira mexicana para a resolução de seus casos nos EUA. Esse processo pode levar meses ou até anos.