"As notícias vindas do Sudão nos dias de hoje evocam dor e preocupação. Vamos orar por este povo para que a violência cesse e o diálogo ajude a encontrar o bem comum", disse o Pontífice ao se dirigir aos fiéis depois de celebrar a Missa de Pentecostes em Praça de São Pedro no Vaticano.
A declaração vem depois que os policiais sudaneses invadirem em 3 de junho o acampamento montado fora do quartel-general militar para pedir uma transição rápida para o governo civil. Segundo o Ministério da Saúde do Sudão, 46 pessoas foram mortas na repressão. A oposição afirma que o número de mortos aumentou para 100 pessoas.
O Sudão passa por meses de turbulentos protestos contra o governo, que culminaram em um golpe militar em 11 de abril. O Conselho Sudanês de Transição Militar chegou ao poder e prometeu realizar uma nova eleição dentro de dois anos, prazo considerado inaceitável pelos manifestantes. O ex-presidente Omar Bashir, que esteve no poder por 30 anos, foi destituído e preso.