Makiko Haba, cientista do Instituto de Tecnologia de Tóquio, publicou com seus colegas um estudo em que recolheu todos os dados conhecidos sobre o asteroide gigante, escreveu o site Space.com.
O impacto ocorreu mais de 4,5 bilhões de anos atrás, naquela época o ainda jovem asteroide Vesta e um pedaço de rocha, com tamanho dez vezes menor que o Vesta, colidiram e na sequência o pedaço penetrou até ao núcleo do asteroide, afirma a cientista.
Atualmente, Makiko Haba e seus colegas opinam que os raros meteoritos misteriosos se originaram depois do impacto imenso que o Vesta experimentou nos tempos iniciais do Sistema Solar.
"Nós propomos uma nova história evolutiva do Vesta", disse ela.
Os pesquisadores analisaram cinco mesosideritos que foram descobertos no Chile, no estado americano do Iowa e no noroeste da África desde 1861 a 2014. Eles notaram que os cristais de zircônia nos meteoritos, provavelmente, se formaram quando os metais nesses mesosideritos se fundiram. As características físicas dos cristais e metais sugerem que essas matérias se misturaram no núcleo de um asteroide com 530 quilômetros de largura, semelhante ao Vesta, dizem eles.
Os cientistas consideram que, depois de o Vesta se ter formado e arrefecido o bastante para se separar em distintas camadas de crosta, manto e núcleo, uma rocha com tamanho dez vezes menor que o Vesta colidiu com o asteroide. Essa colisão bate-e-foge produziu uma cratera no hemisfério norte de Vesta que atingiu o núcleo do corpo celeste, disseram eles.
Podemos ver duas crateras no polo sul de Vesta criados em resultado de duas colisões, a primeira, alegadamente, ocorreu cerca de dois bilhões de anos atrás e a outra há um bilhão de anos. Elas podem ter desalojado rochas feitas de uma mistura de materiais da crosta e do núcleo de Vesta, afirmaram os pesquisadores, dizendo que isso explicaria os mesosideritos encontrados na Terra.
"Descobrimos que esse modelo pode explicar todos os problemas em torno de Vesta [...] Foi um momento de eureca", concluiu Haba.