"Como irão responder os EUA e a OTAN?", pergunta o autor no seu artigo no The National Interest.
Desenvolvidos para sobreviver uma explosão nuclear, os sistemas Utyos não conseguiram resistir às consequências políticas ocorridas após o desmoronamento da União Soviética.
Quando a URSS deixou de existir, estes sistemas acabaram por se degradar no território da Ucrânia. A restauração começou apenas depois de a península da Crimeia ter se reunificado com a Rússia.
Um jornalista da agência Reuters, que visitou a Crimeia em 2016, assegurou ter visto 18 instalações militares renovadas, entre elas bases navais, estações de radar, aeródromos e bunkers para sistemas Utyos.
Peck salienta que a Rússia, e anteriormente a União Soviética, tem usado durante muito tempo mísseis baseados em terra para defender a sua costa.
Para um país com a enorme linha costeira que se estende pelo território de dois continentes, a defesa do litoral é uma solução mais barata que a construção de uma enorme armada.
"O reforço da defesa costeira da Crimeia acalma as preocupações da Rússia sobre uma possível invasão anfíbia que os países do Ocidente poderiam lançar a partir do mar Negro e destaca a determinação de Moscou para defender a Crimeia como parte do seu território", disse Michael Peck.